A mesa estava fria, tal como as mãos do médico que trabalhava para me tirar a pequena vida cujo coração só recentemente começava a bater. Senti vergonha e uma dor terrível por permitir que este médico tirasse de mim o meu bebé - no silêncio e no meu desespero podia ouvir uma voz muito baixa que estava a chamar a minha atenção. Era como se a voz dissesse: "Não, por favor, não.......por favor, não."
Mas foi tarde demais. A voz desapareceu, junto com o corpo pequenino. Que vergonha, culpa e depressão me seguia. Como foi possível eu fazer uma coisa tão egoísta e má? "Que tipo de ser humano sou?" Eu queria morrer.
Quando estava pronta para sair da clínica, reparei numa enfermeira a colocar uma cartão na gaveta. I supunha que tinha o meu nome e toda a informação sobre o meu bebé morto. "Então, é assim" pensei eu, "A vida do meu bebé num cartão que vai ficar dentro de muitos outros, num gabinete. Posso saber o que está escrito no cartão? Será que era um rapaz ou menina? Claro que não - ouvi dizer que não é possível de se saber tão cedo. Por intuição penso que era um rapaz. Mas como era o meu bebé?"
Mas em vez de ter nos meus braços um bebé vivo que respirava, e que um dia iria correr, rir e amar, só existia um cartão com palavras. Continuei a pensar mais: "E se alguém conhecido começar a trabalhar nesta clínica e vir o meu nome nas fichas? Sentia-me muito envergonhada. Preocupava-me com a minha reputação."
O meu aborto aconteceu há doze anos. Foi num mês de Novembro - e a cada Outono, quando vejo as folhas das arvores mudarem de cor e caírem , lembro-me da minha queda quando matei o meu próprio bebé.
Todavia apesar daquele dia tão terrível, desde então eu vim a conhecer um Salvador que me ama. Soube do seu perdão e agradeci-Lhe por isto, mas nunca me sentia perdoada. Eu chorava muitas vezes pedindo-Lhe para tirar-me a culpa e o sofrimento, mas parecia não haver resposta. Até que uma noite eu tive um sonho tão real até ao ultimo detalhe.
No sonho estava na clínica, a olhar a enfermeira a colocar o cartão na gaveta. Sentia um peso enorme ao meu redor, que quase não conseguia respirar. De repente um homem apareceu ao lado da enfermeira. 'Ó não! Será alguém que conheço? Alguém vai descobrir o que eu fiz.' O homem virou-se para mim. Eu vi o seu rosto. 'Não, por favor, Ele não... qualquer pessoa, menos Ele.' Era Jesus!
"Saia, se faz favor", dizia eu. "Não deve estar neste lugar horrível." Mas Ele não saia. Em vez disto, mansamente, Ele tirou o cartão da mão da enfermeira. Eu comecei a tremer na medida que eu via os seus olhos absorver a realidade do que eu tinha feito. Lentamente Ele curvou a cabeça e começou a chorar. Sentia-me tão mal porque eu era a razão d'Ele ter vindo àquele lugar. Eu caí ao chão em desespero.
Senti as suas mãos nos meus ombros e olhei para os seus olhos, esperando a sua ira. Mas não via nem ira nem condenação, só compaixão. O seu rosto reflectia tristeza, e percebia que era mais profunda do que a minha. Ele abraçou-me e eu coloquei a minha cabeça no seu peito. As nossas lágrimas caiam juntas. Finalmente ele começou a escrever algo no cartão. Eu vi e descobri que Ele tinha escrito o seu próprio nome em cima do meu pecado. O seu nome estava escrito num vermelho tão forte que não mais conseguia ler o que estava escrito em baixo. Ali, no seu próprio sangue, o nome de Jesus Cristo cobriu o meu pecado. O peso saiu de mim e enquanto olhava nos seus olhos brilhantes Ele sorriu e sussurrou "Tudo acabou".
Finalmente compreendi. Não há condenação para aqueles que acreditam em Jesus, só perdão. A culpa já passou - sou perdoada e livre do passado, agora posso andar com Jesus com felicidade e paz.
Ginger Plowman,
Alabama, EUA
Aborto é algo muito Serio, nunca faça isso se você já sabe o que certo ou errado >< '
Fique na Paz e fique com esse hino para o seu coração http://www.youtube.com/watch?v=n4e8K2ryGqY
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