"No principio criou Deus os céus e a terra" (Gn 1.1).
Não está escrito: "Deus fez os céus e a terra". Nem que "fotocopiou" os céus e a terra. Nem que "construiu" ou "desenvolveu" ou "produziu em massa", não; a palavra é "criou"
E essa palavrinha significa muito. Criar é algo diferente de construir, a diferença é obvia, construir alguma coisa envolve somente as mãos, ao passo que criar envolve o coração, a alma...
Agora, imagine a criatividade de Deus, dentre todas as coisas que não sabemos sobre a criação, aqui está uma que entendemos - O Senhor criou com um sorriso. Deve ter sido uma festa, pintar as listras da zebra, pendurar as estrelas no céu, colocar o dourado no crepúsculo. Que criatividade! Esticar o pescoço da girafa, colocar a agitação nas asas dos pássaros, implantar as risadinhas na hiena.
Como Deus se divertiu! Como um carpinteiro que assobia em sua oficina, o Senhor adorou cada momento, entregou-se completamente ao trabalho...
E então, como uma conclusão para a grande performance, criou o homem, com a sua habilidade característica, começou com um monte inútil de argila e terminou como uma especie de valor inestimável chamada humana, um ser que tinha a honra unica de carregar o selo "à sua imagem".
Nesse ponto da história alguém se sentiria tentado a levantar e aplaudir: "Bravo!", "Mais um vez", "Incomparável", "Lindo"!
Mas o aplauso seria prematuro, o artista divino ainda mostraria sua maior realização.
Com o desenrolar da história, um demônio em uma serpente dá ao homem uma linha de ação e uma maça, e o ingenuo aceita as duas coisas, este único ato de rebelião coloca em marcha um dramático e errático namoro entre Deus e o homem, embora os personagens e o cenário mudem, o enredo repete-se interminavelmente.
Deus, ainda o criador compassivo, tenta alcançar a criação.
O homem, a criação, alterna momentos de busca a Deus em arrependimento, com momentos de fuga e rebelião
É neste enredo simples que a criatividade de Deus floresce, se você pensou que Ele teve imaginação ao criar o mar e as estrelas, espere até ver o que fez para conseguir que a criação o ouça!
Por exemplo:
Uma mulher de noventa anos de idade fica gravida!
Outra mulher se transforma em sal!
Um diluvio cobre toda a terra!
Um arbusto arde! (mas não se queima)
O mar vermelho se divide duas partes!
As muralhas de Jericó caem!
O céu chove fogo!
Um asno fala!
E alguém ainda vem falar de efeitos especiais?
Mas estes atos, por mais engenhosos que sejam, nem se comparam ao que ainda está por vir!
Ao aproximar-se do clímax da história, Deus, motivado por amor e orientado por sua própria divindade, surpreendeu a todos, tornou-se homem, em um ministério inatingível, disfarçou-se de carpinteiro viveu em uma cidadezinha judaica empoeirada, determinado a provar o seu amor por sua criação, caminhou incógnito pelo seu próprio mundo, suas mãos calejadas tocaram feridas e a sua língua piedosa moveu corações, Ele se tornou um de nos, e morreu para nos aproximar dEle!
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16
Agora eu pergunto: "Se Deus fez tudo isso para chamar a nossa atenção, será que Ele não nos escuta?"
"Tenho visto atentamente a aflição do meu povo que está no Egito, e ouvi os seus gemidos, e desci a livrá-los. Agora, pois, vem, e enviar-te-ei ao Egito. Atos 7:34"
Será que ao invés de perguntarmos a Deus se ele está nos ouvindo, não deveríamos pedir para Ele abriu os nossos ouvidos para ouvi-lo?
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